Amana Katu: acesso universal à água na Amazônia

Dando continuidade a série de entrevistas com os sete finalistas da Competição de Ideias de Negócios Verdes, hoje conheceremos o Amana Katu. O negócio tem o objetivo de universalizar o acesso à água na Amazônia, utilizando tecnologias de captação de água de baixo custo. Para isso, a equipe desenvolveu um sistema compacto que capta água da chuva, com capacidade para 240 litros, aproveitando materiais provenientes da indústria alimentícia. Batemos um papo com a diretora de impacto da Amana Katu, Isabel Cruz Pinheiro, para saber mais sobre o projeto.

Como surgiu a ideia para criar o Amana Katu?

Surgiu a partir da problemática de acesso a água na região metropolitana de Belém, enfrentada por famílias de diferentes realidades e classes sociais. Durante o Desafio Universitário Inove+ 2017, a maior competição de empreendedorismo universitária do Norte, estudantes da Universidade Federal do Pará se uniram para elaborar uma solução acessível e escalável para este paradoxo. A ideia foi modificada a partir de entrevistas em comunidades e mentorias de empreendedores da região, até se solidificar no negócio que é hoje.


Como participar da competição global de ideias de negócios verdes está ajudando o Amana Katu?

A competição é importante para ampliar nosso networking com empresas também engajadas em negócios verdes, mentores com potencial de ajudar o negócio crescer e investimentos para expandir nosso impacto. A experiência nos fez enxergar que não estamos sozinhos, pois startups de diferentes regiões e vertentes trabalham por um propósito em comum. Além disso, como o Amana Katu possui uma equipe de empreendedores jovens, o contato outros empreendedores mais experientes se torna ainda mais enriquecedor.


Como a solução do Amana Katu contribui beneficamente para as mudanças climáticas que precisamos?

Isabel Cruz Pinheiro e Paulo Normando durante bootcamp realizado nos dias 30 e 31 de julho.

O reuso da água da chuva acarreta na economia de água promovida pela rede de abastecimento (cerca de 4.868 litros por mês para cada reservatório). Com a logística reversa realizada ao reaproveitar cisternas da indústria alimentícia em nosso produto, evitamos o descarte de plástico e consequentemente a liberação de CO2 produzida pelo processo. Além disso, visto que comunidades ribeirinhas deixam de viajar até a capital para comprar água, evitamos a liberação de CO2 pelo consumo de gasolina dos barcos.


Qual é o seu maior sonho do Amana Katu?

Universalizar o acesso à água na Amazônia. Para isso, nossa meta é levar a tecnologia que criamos para 25% da Amazônia brasileira até 2030, impactando a vida de 2 milhões de pessoas que, com acesso a água de mais qualidade, terão melhores condições de saúde e qualidade de vida.


Por que você acredita que a sua solução do Amana Katu  deve ser a vencedora da competição?

Nosso negócio se preocupa não só com as mudanças climáticas, mas também com o desenvolvimento comunitário em nossa região, sendo o legado socioambiental a nossa prioridade.

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