Case - Estudio Mabe: design circular com biotecnologia para uma moda sustentável
DESAFIO
O setor têxtil e de confecções no Brasil vive uma onda positiva de alta procura por materiais sustentáveis, mas com uma oferta ainda baixa no mercado interno. Cerca de 60 a 80% da pegada de carbono de uma marca de vestuário é proveniente da produção de materiais, sendo o couro de origem animal uma das que mais emitem carbono dentre todos os materiais utilizados nessa indústria. A produção do couro animal também está atrelada ao uso de insumos tóxicos que comprometem não só o meio ambiente mas também os trabalhadores envolvidos nessa cadeia. De acordo com o Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), o país conta com 110 exportadores de couro, mas somente 65 possuem a Leather Working Group (LWG), certificação internacional de critérios ambientais como controle de emissões de gases das fábricas, rastreabilidade e descarte de produtos químicos utilizados na produção.
SOLUÇÃO
O Estudio MABE tem uma solução que cria um couro biodegradável à base de planta com um modelo de produção regenerativo que contribui para a redução da pegada de carbono da indústria têxtil por meio de atividades de reflorestamento.
O resultado é um tecido vegetal feito com as vagens da árvore Angico (Anadenanthera Colubrina) e polímeros naturais que garantem um brilho metalizado natural sem a adição de produtos petroquímicos. Nosso objetivo é oferecer um couro análogo feito à base de plantas com baixo impacto ambiental e sem utilização de insumos de origem petroquímica reduzindo assim, os impactos socioambientais dessa indústria.
Nativa da América do Sul, a Angico é encontrada em abundância por todo o território nacional e muito utilizada em projetos de recuperação florestal por desempenhar o papel de trampolim ecológico em áreas de reposição de mata ciliar.
PRINCIPAIS CONQUISTAS
1º lugar e 1ª startup brasileira a vencer a maior competição global de negócios verdes do mundo, a ClimateLaunchpad, em 2022, com um prêmio de 10 mil euros e acesso ao programa de aceleração da Climate-KIC.
O projeto de pesquisa e desenvolvimento do material está incubado no IPT com o apoio do SEBRAE for Startups.
Participação no programa de residência da Antler, um fundo global early stage para validação da tese e modelo de negócio e preparo para captação.
PLANOS PARA O FUTURO
O Estudio MABE busca se posicionar no mercado como uma biotech de materiais sustentáveis com o diferencial de valorizar a biodiversidade brasileira no desenvolvimento de novos materiais/têxteis. Para isso, a prioridade tem sido evoluir para sistemas de produção circulares e que gerem impacto socioambiental positivo.
Um dos desafios atuais é melhorar a performance do material e estabelecer a sua cadeia produtiva.
A indústria de novos materiais está em crescimento, com expectativa de uma taxa de crescimento anual composto de 80% até 2026. Há cerca de 67 empresas que desenvolvem um material similar ao couro e o Brasil oferece grande potencial para materiais de origem vegetal.
PRINCIPAIS DESAFIOS
O Brasil é o terceiro maior exportador de couro industrializado no mundo, atrás de China e Itália, sendo que 80% da produção é exportada, movimentando US$ 1,44 bilhão. No entanto, a produção do couro está vinculada com o desmatamento da floresta Amazônica e outros biomas para criação de gado. Ao desenvolver um couro vegetal que usa matérias-primas sem valor comercial, como os frutos da árvore angico, encontrada em diferentes biomas brasileiros e utilizada em projetos de reflorestamento, a MABE contribuir com a redução na emissão de gases de efeito estufa e incentiva o reflorestamento de espécies nativas, como a árvore angico.
IMPACTO CLIMÁTICO
O Brasil é o terceiro maior exportador de couro industrializado no mundo, atrás de China e Itália, sendo que 80% da produção é exportada, movimentando US$ 1,44 bilhão. No entanto, a produção do couro está vinculada com o desmatamento da floresta Amazônica e outros biomas para criação de gado. Ao desenvolver um couro vegetal que usa matérias-primas sem valor comercial, como os frutos da árvore angico, encontrada em diferentes biomas brasileiros e utilizada em projetos de reflorestamento, a MABE contribuir com a redução na emissão de gases de efeito estufa e incentiva o reflorestamento de espécies nativas, como a árvore angico.
RAIO-X 2022
Origem: Matão, SP
Fundação: 2020
Modelo: B2B
Fundadora: Marina Belintani
Fase do negócio: protótipo
CONTATO
Email: design@estudiomabe.com
Website: https://www.estudiomabe.com/
Instagram: @mabe_estudio