Balanço do 1º Summit Climate Ventures
1º Summit Climate Ventures promove conexões de valor e bons negócios pelo Clima
O 1º Summit Climate Ventures reuniu em São Paulo, no dia 22 de novembro de 2018, cerca de 200 atores do ecossistema, que estão pesquisando e desenvolvendo soluções em resposta às mudanças climáticas. Entre eles estavam empreendedores, pesquisadores, empresários, investidores, startups e representantes de projetos e movimentos sociais. A abertura do evento ficou por conta dos Cofundadores da Climate Ventures, Ricardo Gravina e Daniel Contrucci, que contaram um pouco sobre o caminho e as pessoas com as quais eles cruzaram e que os trouxeram até aquele momento.
Entre essas pessoas está Carlos Rittl, secretário-executivo do Observatório do Clima, que apresentou o mais recente relatório "Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa do Brasil 1970 - 2017", e também pontuou o papel do nosso país no contexto das Mudanças Climáticas, atualmente ocupando a 7º posição no ranking mundial de países que mais emitem Gases de Efeito Estufa, dado que reflete principalmente os impactos gerados pela mudança do uso da terra, pelo desmatamento e pela pecuária.
Para entrar ainda mais no clima das mudanças climáticas, seus impactos e a nossa interdependência com a natureza, a banda de “música sustentável” Tudo que Toco Tu Tocas, que utiliza instrumentos 100% de material reciclável achado nas ruas de São Paulo, tocaram a música "Quede Água" de Lenine e, logo em seguida, Ricardo Gravina fez a leitura de um discurso sobre o propósito da existência da Climate Ventures, criando assim, um momento de profunda reflexão sobre a importância de estarem reunidos para fortalecer e impulsionar o ecossistema de baixo carbono e o empreendedorismo climático no Brasil.
Para reforçar o ponto de que é possível alinhar negócios e baixas emissões de gases de efeito estufa, Guilherme Karam, coordenador de negócios e biodiversidade da Fundação Grupo Boticário, apresentou as iniciativas e os últimos investimentos feitos pela fundação nos últimos anos. "Nós temos a possibilidade de apoiar o campo, não necessariamente realizando investimento direto em negócios, mas facilitando para que negócios estejam mais maduros e conectados com potenciais investidores. E, na outra ponta, temos o papel de sensibilização de investidores que têm capital para ser alocado, mostrando a importância dos investimentos em negócios de impacto e de conservação da biodiversidade", contribui Guilherme com a sua visão sobre o papel das fundações e institutos no ecossistema de empreendedorismo climático e na redução de emissões de gases de efeito estufa no Brasil.
Encerramento do LAB de Inovação e apresentação dos protótipos
O 1º Summit Climate Ventures também marcou o encerramento do nosso Lab de Inovação e, como resultado deste processo, foram criados 10 protótipos que visam desenvolver desde mecanismos financeiros para pequenos produtores e startups de impacto; o incentivo da produção de biogás a partir de resíduos orgânicos; o desenvolvimento da cadeia da pecuária sustentável e a economia da floresta, até modelos de negócios para hortas comunitárias em periferias e a disseminação de uma nova cultura alimentar com base nos saberes ancestrais.
"Em um curto período de tempo, foram apresentados protótipos bem interessantes, de diferentes setores da economia e que podem contribuir para que a economia brasileira seja feita de uma nova forma, isto é, que seja limpa, que se preocupa com aspectos ambientais, mas que também objetiva lucro. Acho isso plenamente possível e a Climate Ventures contribui muito para isso", comenta Guilherme Karam.
Além disso, uma sala foi especialmente dedicada para exposição dos resultados do 1º Ciclo do Lab de Inovação e seus Protótipos e cada um dos representantes dos protótipos apresentou seus pitches para todos os participantes do evento. Agora, eles estão expandindo suas redes de contato e engajando novos atores do ecossistema para colaborarem com o desenvolvimento destes projetos.
Para conhecer mais sobre quem são as pessoas e as organizações envolvidas com cada um dos protótipos, confira aqui.
Speed Dating de Impacto e Rodada de Negócios com Startups boas para o clima!
Startups e grandes empresas têm muito o que aprender e apoiar umas às outras, e fazer esta ponte é um dos objetivos da Climate Ventures. Por isso, durante o 1º Summit Climate Ventures, algumas áreas foram especialmente dedicadas para promover estas conexões. Para Carolina Learth, Gerente de Desenvolvimento do Sustentável, o que mais a impressionou no Summit foi a qualidade dos negócios apresentados. "Eles estão muito bem encaminhados, alguns mais maduros, outros menos, mas com propósitos muito alinhados com o que a gente precisa entregar para efeito de mercado, do compromisso com o clima e dessa nova economia que a gente quer construir".
Speed Dating de Impacto
A Davigo, um dos protótipos que surgiu durante o Lab de Inovação da Climate Ventures com o objetivo de aproximar negócios de impacto e corporações, promoveu um encontro entre Startups participantes da 1º Chamada Bons Negócios pelo Clima e gestores de grandes empresas. O objetivo foi discutir oportunidades e barreiras para integração entre esses atores em torno de uma nova economia de baixo carbono.
Startups participantes: Morada da Floresta, Sunew, Plant, Carbono Zero Courier e Atina Ativos Naturais.
Empresas participantes: Instituto Votorantim, Banco Itaú, Intercement, Localiza e Santander.
Rodada de Negócios
As startups finalistas da 1º Chamada Bons Negócios pelo Clima, além de apresentarem seus pitches e receberem seus troféus, tiveram um espaço reservado no Summit Climate Ventures, onde potenciais investidores, parceiros e clientes conversaram com cada uma delas em particular.
Apresentação dos resultados e análise do mapeamento da 1º Chamada Bons Negócios pelo Clima
A 1ª Chamada Bons Negócios pelo Clima foi uma parceria da Climate Ventures com a ClimateLaunchpad, para mapear e fomentar negócios que promovam uma economia mais regenerativa, circular e de baixo carbono no Brasil. Para isso, contamos com o apoio da Pipe.Social. Durante o 1º Summit Climate Ventures, Livia Hollerbach, Cofundadora da Pipe.Social, apresentou uma análise a partir dos dados dos mais de 370 negócios e startups inscritos na chamada. Confira aqui o infográfico com os resultados.
Este é apenas um resumo do que foi este encontro do Ecossistema de baixo Carbono promovido pela Climate Ventures e para ficar por dentro dos nossos próximos eventos e novidades cadastre-se na nossa newsletter.
Confira o relatório de impacto do Summit 2018
Utilizando matrizes globais como referência para traduzir os impactos do 1º Summit da Climate Ventures — ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU – Agenda 2030), o IRIS (Impact Reporting and Investment Standards) e GRI (Global Reporting Initiative) — preparamos um relatório que detalha o perfil dos participantes do nosso evento, suas áreas de atuação e interesse dentro do ecossistema de baixo carbono e negócios, compromisso sustentável das organizações envolvidas, bem como a quantidade de CO2 que emitimos com a realização deste evento e como estamos fazendo a sua compensação.